quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sonho

Na época em que eu publicava tiras em jornais, tive um sonho interessante. Criar tiras de histórias em quadrinhos diárias é uma tarefa que pode parecer fácil, mas não é. Os desenhos têm que ser simples para que haja produtividade, mas o mais complicado é a criação dos roteiros. Cada tirinha é uma história, uma ideia diferente. Tem hora que você precisa de um roteiro e a inspiração tira férias. Geralmente este trabalho é feito em lotes, uma ideia puxa outra. Produz-se, em um mesmo dia, diversas tiras. Mas você começa a usar o que tem e logo precisa criar mais. Sonhei que estava tentando criar um roteiro e “vi” uma cena que é a que está reproduzida abaixo, logo que acordei rascunhei numa folha de papel para não esquecer.



sábado, 24 de setembro de 2011

DIPL - Dicionário Ilustrado ao Pé da Letra

Dicionário é coisa séria. Muita responsabilidade. Muita burocracia. Muita pesquisa. Muito trabalho. Mas, as exigências precisam ser atendidas. Foi muito trabalhoso mas, se fosse fácil não teria graça. O mais difícil foi conseguir a aprovação da ABL, eles são muito exigentes e rigorosos principalmente quanto à ordenação dos verbetes.
O BlogBruxinho se orgulha de contribuir com a cultura nacional e apresenta, a seguir, os quatro primeiros verbetes do:

DIPL - Dicionário Ilustrado ao Pé da Letra

Aprovado pela ABL - Associação Brasileira de Lesmas

Totalmente em ordem analfabética!












sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ouro

Ouro vulgar
Ouro sem valor
Garimpei e encontrei
Fui feliz?

Ouro vulgar
Ouro sem valor
Era o que eu queria?
Fui rico, mas não sabia.

Ouro vulgar
Ouro sem valor
Agora eu sei, perdi?
Ou ganhei?
Não era este, o ouro que eu queria.

Ouro da Terra
Ouro do céu
Que pena...
Foi da Terra que encontrei
Era do céu que eu queria.

Alquimia!
Eu não sabia
Do ouro vulgar
Nasceu
O ouro que eu queria!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Caricaturas?


Não sou bom em caricaturas. Nunca tive vontade de me aprofundar no estudo de anatomia humana. Especializei-me em anatomia dos meus personagens de histórias em quadrinhos. Entretanto sou desenhista e por isso sei desenhar. Quando tento fazer caricatura acabo fazendo um retrato estilizado da pessoa. Com um toque artístico, pode ficar interessante, mas não é caricatura. Aqui estão dois amigos, o cineasta Gherardi acima e o chef Nunes abaixo.


sábado, 17 de setembro de 2011

De onde vêm as ideias?

A criatividade é um dom que faz borbulhar a mente, incomodando, agitando e buscando uma saída como um vulcão prestes a entrar em erupção.

O cérebro do artista processa informações vividas, lidas, sentidas, e faz inimagináveis correlações resultando em ideias inéditas surgidas não se sabe nem como e nem de onde, mas a formulação resultante se expressa em forma de arte. Um desenho, uma pintura, uma melodia, um texto, harmoniosos ou contundentes, que só ganham vida quando se expõem.

Estaria tudo isso armazenado nas entranhas do cérebro ou abriu-se um portal para o inconsciente coletivo?

O importante é que, por um lado se busque, e por outro se proporcione a oportunidade de tudo isso florescer para que se abra espaço para mais arte fluir de um manancial infindável de ideias e podemos arriscar dizer que: a arte é tão necessária para o artista como também é para quem tem a oportunidade de ter contato com o resultado do surpreendente processo de produção artística.

Afrouxe o cinto e boa viagem!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Tiras de Letra



Fui convidado a participar da coletânea “Tiras de Letra – Outra Vez”, publicado pela editora Virgo. Entrei com uma seleção da série “Ei, Cara!”. Foi uma interessante confraternização entre colegas do traço. Colhi vários autógrafos. Houve noite de lançamento no Frans Café de São Caetano do Sul SP.






sábado, 10 de setembro de 2011

Ilusão 3D - Como se faz

Coloque quatro figuras no centro da página ocupando o espaço de aproximadamente 40 x 40 mm.



Identifique as figuras pelas posições (1) a (4). A figura (4) deve estar atrás de todas e a (1) deve estar na frente de todas. Se fossem quatro quadrados ligeiramente sobrepostos ficariam como a figura abaixo.





A figura um será distribuída por toda a página a distâncias de 38 mm uma da outra.
A figura dois, 40 mm.
A figura três, 42 mm.
A figura quatro, 44 mm.



Pronto! Já era!

Obs.: Estas dimensões são apropriadas para a gravura impressa em formato A4 (21 x 29,7 cm). No monitor deve ficar com dimensões próximas disso. Pode ser necessário utilizar o recurso de “tela cheia” (F11 no Windows) para a figura ficar de tamanho adequado.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ilusão 3D - A revelação!





Aconteceu por acidente. Havia uma figura e eu distribuí cópias dela pela página, mas achei que a imagem estava confusa. Criei uma cópia em outra cor, encostei-a na primeira e também distribuí pela página para analisar o contraste entre as cores. Acontece que, ao duplicar as cópias, errei a medida e elas foram sendo colocadas mais distantes das correspondentes, conforme se distanciavam da figura central. Notei o erro e já ia apagar e refazer, quando levei um susto. As figuras estavam aparentemente em planos diferentes no monitor do computador. Comecei a pesquisar até que entendi o mecanismo.

O efeito de terceira dimensão ocorre devido ao fato de que o cérebro recebe informação por um olho e analisa uma imagem. Acontece que, no mesmo instante, o cérebro também recebe informação do outro olho a respeito de outra imagem idêntica que ele “pensa” que é a mesma.
- Eureka! - descobri um processo matemático, extremamente simples, para criar ilusão com efeito de terceira dimensão.

Na próxima postagem ensinarei o procedimento para criar gravuras com efeito 3D.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ilusão 3D - A surpresa!

Prepare-se para uma surpresa. Parece mágica. E é. É ilusão!
Siga as seguintes instruções:

- Primeiro leia as instruções até o fim.
- Clique na figura dos naipes para que apareça só ela na tela do monitor.
- Fique imóvel em frente ao monitor a uma distância de 30 a 40 cm e olhe para o centro da figura e relaxe a vista.
- Não foque a vista no monitor. Relaxe a vista como se estivesse olhando lá na frente através do monitor. Deixe a vista embaçar.
- De repente a imagem fica nítida e a ilusão acontece.
- Fim das instruções.

Na próxima postagem explicarei o que está acontecendo...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Salão de Humor de Piracicaba


Participei da primeira edição em 1974, tive um trabalho selecionado, “Domador” e o grande vencedor foi Laerte. Merecido. “O rei estava vestido!”. Depois, participei de várias outras edições. O concurso sempre foi muito bem organizado e o jurado é bastante rigoroso. Dentre milhares de trabalhos, são selecionados cerca de 200 para a exposição. Receber uma carta comunicando que você havia sido selecionado já era um prêmio. É permitido inscrever até três trabalhos e em 1977 tive dois trabalhos selecionados.

Em 1985 os três que enviei foram selecionados. Apesar do Salão não ter me premiado, “Chapeuzinho Vermelho” foi o eleito pela midia. Dois jornais, um de Piracicaba e um de Campinas, usaram este cartum para divulgar a 12ª edição do Salão.





segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Meus amigos me detonaram!

Na linguagem dos caricaturistas, “detonar” significa fazer uma caricatura obviamente exagerando os atributos do candidato. Mulheres odeiam caricaturistas e, por sua vez, os caricaturistas morrem de medo de se verem forçados a “detonar” uma mulher ao vivo. Desenhar com base em fotos é bem mais seguro. As mulheres não gostam muito que evidenciem seus defeitos ou características que procuram disfarçar. E os caricaturistas vão direto ao ponto! Conheço caricaturistas que nasceram para isso. Com muita rapidez e “facilidade” (fazem parecer fácil!) realizam trabalhos fantásticos. Existem dois tipos de caricaturas, a ligeira e a de estúdio. Conheço muitos artistas muito bons. Quanto a mim, além de não ser bom nisso, como “detonado”, também sou um problema, tenho o rosto meio oval e traços muito comuns, com exceção das sobrancelhas espessas. Dou trabalho aos caricaturistas, procuram algo para exagerar e não encontram. Mas me detonaram assim mesmo. Seguem trabalhos de Bira Dantas, Paulo Branco, Paffaro, Evandro, Érico e Flávio Rossi. Nem doeu...


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Aerografia

Sou autodidata em arte. Sempre pratiquei e estudei, principalmente baseado em informações encontradas em livros. O único curso de arte que fiz foi de Aerografia. Fiz o curso básico completo porém não peguei o certificado e a escola não existe mais. Portanto, meu currículo artístico se resume em minhas publicações, exposições e as próprias obras.

Sempre fui fascinado por aerografia. Baseia-se em um tipo de caneta com um reservatório de tinta, ligada a um compressor de ar. Ao apertar um gatilho a tinta é espirrada em um jato delicado.

A princípio pode parecer uma minipistola de pintura, mas na realidade é bem mais do que isso. Em inglês a denominação é “airbrush” (pincel de ar), e é exatamente isso que é. Você aplica “pinceladas”, tendo controle sobre a distância, a velocidade e a quantidade de pinceladas, para conseguir o efeito desejado. Para limitar as regiões pintadas são feitas “máscaras” que protegem as áreas que se deseja preservar.


O processo é bastante trabalhoso e demorado. Exige planejamento e muita prática para se atingir um nível bom de resultados. Não há como retirar pinceladas, passou do ponto, já era. Há diversos tipos de aerógrafos para diversas aplicações. As tintas devem ser compatíveis com o aerógrafo em uso. Os mais precisos exigem tintas de alta qualidade com pigmentos muito pequenos para que não ocorra entupimento. Os resultados são fantásticos.